O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu uma reclamação disciplinar contra um promotor de Justiça que chamou uma advogada de "galinha" durante um júri em Belo Horizonte–MG.
O caso aconteceu no dia 28 de março, durante o julgamento de um homem acusado de homicídio. A advogada, Sarah Quinetti Pironi, defendia a ré, e o promotor, Francisco de Assis Santiago, era o responsável pela acusação.
Em determinado momento do julgamento, o promotor teria se irritado com a atuação da advogada e feito o comentário ofensivo. A advogada registrou boletim de ocorrência e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) se manifestou em repúdio à atitude do promotor.
Assista ao vídeo:
O CNMP decidiu abrir a reclamação disciplinar para apurar a conduta do promotor e decidir se ele deve ser punido. A investigação será conduzida pelo corregedor nacional do Ministério Público, Rinaldo Reis.
O que dizem os envolvidos:
- Promotor: Francisco de Assis Santiago negou ter chamado a advogada de "galinha". Ele disse que apenas fez uma crítica à atuação dela no caso.
- Advogada: Sarah Quinetti Pironi disse que o comentário do promotor foi "machista e desrespeitoso". Ela afirmou que o episódio a deixou "humilhada e constrangida".
- OAB: A OAB-MG se manifestou em repúdio à atitude do promotor e disse que vai acompanhar o caso de perto. A seccional mineira da Ordem também vai prestar apoio à advogada.
O que pode acontecer:
O CNMP pode decidir punir o promotor de diversas formas, como advertência, censura, suspensão ou até mesmo demissão. A pena vai depender da gravidade da conduta do promotor.
O que significa para o futuro:
O caso serve como um alerta para a necessidade de combater o machismo e a discriminação no ambiente jurídico. É importante que os profissionais do Direito sejam respeitosos e que tratem todos os envolvidos em um processo com igualdade.